quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Pirraça, birra - toda criança faz. Mas podemos evitar!

A Psicoterapeuta francesa Isabelle Filliozat aborda um tema interessante para pais. Ela explica o que é pirraça, o que fazer quando isso acontece, dá dicas para que isso não ocorra e fala da importância do carinho, do abraço, do amor para a criança se sentir mais calma e evitar as birras. Veja um trecho da entrevista:

O que é a pirraça?
É uma reação de estresse. O cérebro está sobrecarregado com excesso de estímulos. A criança não tem mais energia e não tem mais como cooperar. Seu neurônio motor queima, indo em todas as direções. É como uma tempestade no cérebro. É a solução que o cérebro dela encontra para liberar as tensões. A birra pode ser ativada por uma frustração, mas essa última frustração é apenas o gatilho, não a causa. Quando o leite está fervendo, ele transborda, não adianta tampar. Melhor ir direto na causa: desligar o fogo. É o que acontece com a birra.

O que fazer quando seu filho faz aquela clássica pirraça num shopping, quando os pais têm vontade de sumir?
Primeiro respire. E direcione seu olhar para longe das pessoas, para impedir qualquer julgamento. Esse é um cuidado que temos que ter conosco. Em seguida, leve a criança para fora, um estacionamento, por exemplo, e a abrace com carinho.

É possível dar fim à birra?
Em primeiro lugar, não podemos estimular a birra. Não devemos deixá-los esgotados, levá-los a lugares com excesso de estímulos (shoppings). Depois da escola, é sempre bom ir para uma praça ou um playground, onde possam correr livremente. Dê sempre bastante água para que seus neurônios fiquem irrigados, faça uma alimentação saudável (açúcar, creme de leite e certos aditivos podem desencadear acessos de raiva).

Qual a importância de estimular a produção de hormônios como a oxitocina?
A oxitocina ajuda a criança a se sentir feliz, calma, bem. Ajuda a equilibrar a adrenalina e o cortisol, os hormônios do estresse. Podemos estimular sua produção ao beijar, tocar, massagear, dizer palavras de carinho, olhar com atenção. Mas ela não é o único hormônio bom para o comportamento da criança. Podemos estimular também a dopamina (alegria) e a serotonina (calma, harmonia)."

Portanto, mais amor e brincadeiras juntos

Gambatte Kudasai!

Veja a matéria completa em:
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