Tarefas
de casas são atividades que tem a função de sistematizar conhecimentos, ampliar
saberes e capacidade de investigação.
A
autonomia no estudo fora da escola é uma ação que se adquire progressivamente,
de acordo com a idade e depende muito do apoio dos familiares, que devem ajudar
a criança e o adolescente a se organizar diariamente para isso.
No
Japão, as tarefas de casa são constantes e costumam exigir disciplina dos
alunos e ajuda dos familiares ou professores particulares. Muitos pais
brasileiros que não tem muita familiaridade com o sistema japonês ou com o
idioma se preocupam demasiadamente, especialmente se trabalham ambos por longas
horas no dia.
No
entanto, estudos mostram que, mesmo pais analfabetos são capazes de apoiar os
filhos nas tarefas escolares em casa, com muito resultado positivo na vida
acadêmica do aluno, pois a função primordial dos pais nas tarefas não
é corrigi-la, mas sim dar estímulo afetivo para despertar o interesse pelos
estudos.
Desta
forma, pais que não falam fluentemente o idioma do país e que também
desconhecem muitas matérias escolares da escola japonesa, como é o caso de
muitos brasileiros no Japão, podem sim ter papel fundamental de contribuição na
vida escolar dos filhos.
VEJA ALGUMAS DICAS:
·
Faça planos de estudos com seu filho:
Considere o ritmo e estilo de aprendizagem do seu filho e ajude-o a estabelecer
uma rotina diária com metas pessoais de estudo. Façam juntos um calendário
semanal de atividades, com horários, de um tamanho grande que possa ficar
exposto em algum lugar da casa
·
Acompanhe:
Reserve um tempo na sua agenda para acompanhar as produções da sua criança
dialogando sobre as aprendizagens da semana, compreendendo o que tem sido fácil
e o que tem sido muito desafiador, procurando saber quando serão as próximas
provas, identificando se há necessidade de ajudas extras e externas à escola
·
Tenha uma escuta atenta:
Ouça-a sobre suas produções e se interesse pelo que elas estão estudando
· Ajude-os a cuidar do ambiente de estudo: Não
deixe que a lição de casa seja feita de qualquer jeito, na frente da televisão
ou na pressão. Ajude a manter um ambiente propício para estímulo, concentração
e foco nas atividades
· Disponibilize materiais complementares, como
dicionários, mapas, fitas métricas, calendários, livros literários e jogos para
os anos iniciais. Eles podem auxiliar os estudos e facilitar o entendimento de
alguns conceitos e atividades.
· Frequente bibliotecas, cinemas, museus e
outros espaços culturais que enriqueçam as práticas realizadas na escola,
instiguem a curiosidade e ampliem o repertório deles. Nas
bibliotecas do Japão existem também livros estrangeiros e frequentemente são
achados livros em português. Experimentem uma visita!
·
Estabeleça uma rotina de comunicação, seja
presencial ou à distância, com a escola e saiba como está o desempenho do seu
filho. Esse contato pode ser por telefone, e-mail ou mesmo por
meio da agenda. Não hesite em pedir ajuda a um intérprete, se necessário
·
Aprecie e valorize:
Aprecie e valorize o que as crianças desenvolvem na escola fortalecendo a
relação, incentivando-as a se dedicarem mais aos estudos
·
Observe se ele está enfrentando alguma
dificuldade. Em caso afirmativo, procure a instituição que
ele estuda, compartilhe as suas percepções, peça orientações mais específicas e
busque saber sobre possíveis planos de apoio pedagógico
·
Busque ajudas voluntárias aos Centros de
estrangeiros na sua prefeitura. É comum encontrar grupos de
voluntários que dão aula de japonês e fazem acompanhamento das tarefas
escolares gratuitamente para estrangeiros na cidade. Procure por estes grupos
na sua prefeitura
·
Deixe-o no “Gakudou Hoiku”. É
como se chama o local onde as crianças vão depois da escola quando os pais não
estão em casa ainda (geralmente estão trabalhando). Lá além de outras
atividades, os profissionais ajudam também nas tarefas escolares.
VEJA TAMBEM ALGUNS CUIDADOS QUE VOCÊS
DEVEM TOMAR DURANTE AS TAREFAS:
· Fique com a criança, mas não o tempo todo
·
Não faça nada no lugar dela
·
Cuidado com as cobranças
·
Não se preocupe exageradamente com os erros. A
correção é papel do professor
Lembrem-se
que o papel dos pais é muito mais no estímulo afetivo para motivar os estudos
do que ensinar e corrigir, portanto você, sim, é capaz de ajudar seus filhos no
seu processo de aprendizagem, basta reservar um tempo e querer!
Invista,
vale a pena!
(Texto publicado na Revista Super Vitrine, edição Nov/2017)

Nenhum comentário:
Postar um comentário