Esses
maus tratos são comuns no Japão e assustam as famílias. Mas quem acha que
somente os japoneses cometem o “ijime” está enganado. Existem muitos relatos de
crianças e jovens brasileiros que moram no Japão que cometem “bullying” nos
outros brasileirinhos. Geralmente os intimidam por estarem num nível de
adaptação menor, os envergonham publicamente na busca de firmarem espaço e
poder entre os colegas japoneses.
Então,
além de se preocuparem com a vitimização dos maus tratos, é importante que os
pais fiquem de olho se os próprios filhos não são os agressores.
Para
ajuda-los fiquem de olho nessas dicas:
De
modo geral, crianças ou adultos que cometem bullying são pessoas que:
- Não
aprenderam a transformar sua raiva em diálogo;
- Não
se importam com o sofrimento do outro. Pelo contrário, sentem-se
satisfeitas com a opressão do agredido, supondo ou antecipando quão
dolorosa será aquela crueldade vivida pela vítima.
- Tem
baixa autoestima, no fundo sentem-se infelizes, incapazes ou
rejeitadas;
- Escondem
algum medo ou frustração por trás.
Geralmente,
cometem atos repetidos de humilhação e depreciação para:
- Tentarem
ser mais populares no grupo;
- Tentarem
obter uma boa imagem de si mesmo;
- Esconderem
os próprios medos;
- Tornar
outras pessoas infelizes (como ele);
- Vitimar
outras pessoas por terem sido vítimas de alguém no passado.
É
possível ajudar uma criança para evitar que ela seja um agressor. Veja
algumas dicas:
- Faça
um autoexame sobre suas ações do dia-a-dia. Para uma criança deixe claro
quais são as ações que humilham, depreciam e agridem as pessoas. Ensine o
que é bulllying;
- Identifique
ou ajude as crianças a identificarem as próprias inseguranças;
- Reflitam
como se sente ao intimidar os outros. Se houver prazer, identificar porquê
ver o outro sofrendo dá prazer e encontrar outras formas de resolver as
próprias dores que são sanadas de forma errada com o sofrimento do outro;
- Ajude
os filhos a fazer novas amizades e evitar encontrar com pessoas que
exercem má influência;
- Pratique
empatia, a capacidade de se colocar no lugar do outro;
- Pratique
elogios. Façam mais elogios uns aos outros e reflitam sobre as
consequências disso;
- Busque
ter opiniões positivas sobre si ou ajude os filhos nesta tarefa,
mostrando-lhes concretamente seus pontos positivos, suas potencialidades,
etc.
- Dialoguem
com os filhos, ensinando-os a resolver conflitos numa conversa. Não
transmitam excesso de raiva, impaciência e incômodo em relação aos filhos.
Ajude-os a se sentirem amados e aceitos. Pesquisas revelam que filhos
rejeitados pelos pais tendem a ser agressivos e fazer bullying em
outras pessoas.
- Busque
corrigir os erros, pedindo desculpas. No caso de crianças, os pais devem
ser firmes em exigir esta postura.
- Procure
um profissional especializado em último caso.
Táticas
para ajudar as vítimas de bullying são muitas, embora não sejam fáceis.
Difícil é tratar o assunto e buscar alternativas que ajudem (além de punir)
quem comete estes atos de covardia.
Isso
pode acontecer com qualquer família e os pais precisam estar atentos para
garantir que os filhos não tenham o perfil de quem comete bulllying.
Vamos lutar por uma cultura de paz e
inclusão!
Ganbatte Kudasai!
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