terça-feira, 31 de julho de 2018

Ajude o seu filho a não ser um agressor



 O bullying ou ijime é um comportamento violento, continuado ao longo do tempo, em que há a intenção clara de afligir, intimidar ou agredir outra pessoa. É um abuso sistemático de poder e pode acontecer em qualquer lugar: escola, empresa, etc.
Esses maus tratos são comuns no Japão e assustam as famílias. Mas quem acha que somente os japoneses cometem o “ijime” está enganado. Existem muitos relatos de crianças e jovens brasileiros que moram no Japão que cometem “bullying” nos outros brasileirinhos. Geralmente os intimidam por estarem num nível de adaptação menor, os envergonham publicamente na busca de firmarem espaço e poder entre os colegas japoneses.
Então, além de se preocuparem com a vitimização dos maus tratos, é importante que os pais fiquem de olho se os próprios filhos não são os agressores.
Para ajuda-los fiquem de olho nessas dicas: 
De modo geral, crianças ou adultos que cometem bullying são pessoas que:
  • Não aprenderam a transformar sua raiva em diálogo;
  • Não se importam com o sofrimento do outro. Pelo contrário, sentem-se satisfeitas com a opressão do agredido, supondo ou antecipando quão dolorosa será aquela crueldade vivida pela vítima.
  • Tem baixa autoestima, no fundo sentem-se infelizes, incapazes ou rejeitadas;
  • Escondem algum medo ou frustração por trás.
Geralmente, cometem atos repetidos de humilhação e depreciação para:
  • Tentarem ser mais populares no grupo;
  • Tentarem obter uma boa imagem de si mesmo;
  • Esconderem os próprios medos;
  • Tornar outras pessoas infelizes (como ele);
  • Vitimar outras pessoas por terem sido vítimas de alguém no passado.
É possível ajudar uma criança para evitar que ela seja um agressor. Veja algumas dicas:
  • Faça um autoexame sobre suas ações do dia-a-dia. Para uma criança deixe claro quais são as ações que humilham, depreciam e agridem as pessoas. Ensine o que é bulllying;
  • Identifique ou ajude as crianças a identificarem as próprias inseguranças;
  • Reflitam como se sente ao intimidar os outros. Se houver prazer, identificar porquê ver o outro sofrendo dá prazer e encontrar outras formas de resolver as próprias dores que são sanadas de forma errada com o sofrimento do outro;
  • Ajude os filhos a fazer novas amizades e evitar encontrar com pessoas que exercem má influência;
  • Pratique empatia, a capacidade de se colocar no lugar do outro;
  • Pratique elogios. Façam mais elogios uns aos outros e reflitam sobre as consequências disso;
  • Busque ter opiniões positivas sobre si ou ajude os filhos nesta tarefa, mostrando-lhes concretamente seus pontos positivos, suas potencialidades, etc.
  • Dialoguem com os filhos, ensinando-os a resolver conflitos numa conversa. Não transmitam excesso de raiva, impaciência e incômodo em relação aos filhos. Ajude-os a se sentirem amados e aceitos. Pesquisas revelam que filhos rejeitados pelos pais tendem a ser agressivos e fazer bullying em outras pessoas.
  • Busque corrigir os erros, pedindo desculpas. No caso de crianças, os pais devem ser firmes em exigir esta postura.
  • Procure um profissional especializado em último caso.
Táticas para ajudar as vítimas de bullying são muitas, embora não sejam fáceis. Difícil é tratar o assunto e buscar alternativas que ajudem (além de punir) quem comete estes atos de covardia.
Isso pode acontecer com qualquer família e os pais precisam estar atentos para garantir que os filhos não tenham o perfil de quem comete bulllying.
Vamos lutar por uma cultura de paz e inclusão!
Ganbatte Kudasai!
 (Texto publicado na Revista Super Vitrine, edição JUN/2017)

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